quinta-feira, 31 de março de 2011

Sim, nós podemos muito mais



Isto é para dizer que as mulheres brasileiras têm muito ainda a se orgulhar, a partir do momento em que assumiram o comando central do nosso país através da guerreira, forte, autêntica, firme e competente presidenta DILMA ROUSSEF. Esta grande conquista nos estimula, cada vez mais, a buscar o empoderamento para as mulheres e, hoje, 30 de março de 2011, marcamos mais um ponto nesta trajetória de lutas e conquistas, desta feita, para as mulheres baianas.
Numa solenidade no Palácio Rio Branco, o Governador Jaques Wagner e a Primeira Dama, Maria de Fátima, anunciaram, para uma platéia majoritariamente feminina, a criação da SECRETARIA ESTADUAL DE POLITICAS PARA AS MULHERES DA BAHIA.

Por muitos anos, movimentos de mulheres, feministas, acadêmicas, estudantes, políticas, magistradas, operárias, camponesas, etc. lutaram pela criação de um instrumento no qual pudessem elaborar, planejar e executar políticas públicas que respondessem às velhas e novas demandas, oriundas de todos os movimentos e organizações sociais, em defesa dos direitos das nossas mulheres. A luta pela igualdade de gênero, contra a discriminação, de enfrentamento e combate a violência contra as mulheres, pela inclusão social e participação nos espaços de poder, sempre esteve presente no cotidiano dessas mulheres, durante décadas. Foram às ruas milhares de vezes. Caminharam, gritaram, protestaram, sorriram, choraram e algumas resistiram até não poderem mais. Protagonistas destas cenas reais, não abriram mão da definição do papel da sociedade civil e da instituição.

Apesar das enormes dificuldades alcançamos muitas conquistas. As Delegacias Especiais de Proteção à Mulher (DEAM), as Casas-Abrigo, os Centros de Referência à Mulher Vítima de Violência, a Lei Maria da Penha, dentre outras. Mas, vale salientar que a efetividade do funcionamento destes espaços administrativos ou jurídicos, sempre esbarrou na ausência de uma política bem definida, não esporádica ou pontual, e sim, uma política de Estado. Com a criação da Secretaria, o atual governo, democrático e republicano, assume seu papel de condução deste processo, pagando uma divida imensa que se tem para com as mulheres baianas. A possibilidade de implementação de políticas públicas historicamente almejadas por mulheres de todos os segmentos sociais e partidos políticos, de forma – esperamos - articulada e transversal, renova as esperanças de transformação de uma sociedade machista em uma sociedade mais igual e mais respeitada, onde as nossas mães, meninas, jovens, idosas, negras, mulheres, enfim, respirem liberdade, oportunidades, direitos, auto-estima e melhor qualidade de vida.

Temos certeza que uma vez criada a Secretaria, o Governador, com a mesma sensibilidade, garantirá o seu pleno funcionamento, cabendo a nós, mulheres, a sabedoria de dirigi-la à altura daquelas que mais precisam e das que batalharam para ver este sonho realizado. Nossa ousadia, maturidade e visão suprapartidária, combinadas com a competência política, administrativa e participação social serão fundamentais para o sucesso.

O momento é, pois, de parabenizar, primeiro às mulheres, pela nossa história e lutas; depois ao Secretário de Relações Institucionais, Cesar Lisboa, pelo seu empenho junto ao Governador; à Primeira Dama, Fátima Mendonça, pelo estímulo; e ao Governador Jaques Wagner pela decisão que deixa sua marca na História da Bahia e do Brasil como aquele que não teve medo de contribuir para o empoderamento das mulheres.
Sim, porque depois de tudo isto, NÓS PODEMOS MUITO MAIS!!!!!!!

Moema Gramacho
Prefeita de Lauro de Freitas-BA.

terça-feira, 1 de março de 2011

Sim, nós podemos!

O que mais surpreende aos adversários da presidenta Dilma é o seu perfil de executiva competente e ao mesmo tempo de grande sensibilidade para as questões sociais. É a mais autêntica tradução da frase de Che Guevara "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás". Aos que já experimentaram o seu lado executiva, impressiona a capacidade de apreensão dos aspectos técnicos, logo enriquecidos pelo viés social, um recado mais que evidente do seu jeito de governar e das prioridades que elegeu para o país.
Tenho enorme orgulho da presidenta Dilma, símbolo de luta e de superação; de ter contribuído para sua eleição. Orgulho de ter uma mulher na presidência com o seu perfil. Isso, obviamente, é um marco na luta das mulheres, não apenas no Brasil. Recentemente tive a exata dimensão da repercussão de sua eleição quando participei do Fórum Social Mundial, em Dakar-Senegal. Falava da luta das mulheres na América Latina e ao citar a vitória de Dilma, o auditório irrompeu em aplausos. Estavam ali lideranças de mais de cem países. Ainda me emociono ao lembrar a reação do público – africanas, asiáticas, européias, americanas e, claro, brasileiras; intelectuais e mulheres do povo, que conhecem bem o sofrimento causado pelo preconceito de gênero, pelas carências de toda ordem. Após a palestra, fui procurada por muitas que queriam detalhes da atuação da presidenta. Pude sentir o quanto de esperança sua vitória levou às mulheres do mundo.
Dilma tem essa clareza, assim como Lula quando a indicou para sucedê-lo – obrigada, Lula! Ela tem o perfil necessário para dar sequência aos programas sociais, ampliar as políticas públicas de atendimento ao povo e fazê-las chegar aonde nossos olhos sequer podem ver. Sua agenda na Bahia tem essa dimensão. O lado da expansão das fronteiras tecnológicas, com a inauguração do terminal da Gasene, que vai fazer a integração Nordeste/Sudeste; e o social - assinar o reajuste do Bolsa Família, programa que atende 12,8 milhões de famílias, algo em torno de 50 milhões de brasileiros. Dilma sempre expressou preocupação com essa camada da população e lutou por ela desde os tempos de ministra. Aliás, bem antes, quando enfrentava a ditadura. Importante frisar que a presidenta não traz apenas o reajuste do repasse; ela prioriza também novas portas de saída, ferramentas de autonomia financeira, como cursos profissionalizantes e crédito para favorecer o empreendedorismo, que fazem do Bolsa Família a alavanca de resgate de milhares de pessoas que ganham de volta a capacidade de sonhar com um futuro melhor.
É o desenvolvimento com equilíbrio, como ela, com a sensibilidade que lhe é peculiar, pontua nas 13 diretrizes de governo e que vem sendo colocadas em prática a cada momento do governo. Como gestora de Lauro de Freitas, sou grata a Lula pelos programas sociais que ele implantou e que ajudam a transformar a realidade de milhares de famílias em nossa cidade. Com Lula foi construído o Restaurante Popular para 3 mil pessoas/dia, a ampliação do Bolsa Família para 17 mil famílias, que injetam na economia do município quase 3 milhões ao mês, os centros de atendimento social e de atendimento especializado a pessoas em sofrimento mental, álcool e drogas, as campanhas de combate à dengue, as 2 mil casas populares em execução e as mais de 4 mil unidades do Minha Casa Minha Vida, os PACs Urbanização e Saneamento, sem falar no PAC 2 que se propõe a muito mais.
Com Dilma vem a ampliação dos programas e o toque feminino, sobretudo nas políticas de atendimento à mulher, ao idoso e à criança sempre. Essa é a reflexão que compete a nós, mulheres, fazermos não apenas, mas especialmente, no 8 de Março, principalmente no tocante à prevenção e assistência ao câncer de mama e de colo, na atenção à gestante, no combate às desigualdades e à pobreza, na luta contra a violência às mulheres e à garantia de oportunidades para todas e todos. Com Dilma, vamos transformar os próximos dez anos na década da mulher e mostrar o jeito feminino de fazer política e ocupar os espaços de poder. Sim, nós podemos!

Artigo publicado no A Tarde em 01/03/2011