domingo, 6 de novembro de 2011

Minha fala na reunião com o governador

Não me referi a prefeitos do PT, mas a gestores de todos os partidos, quando fiz uma observação,no encontro com o governador Jaques Wagner, ontem, como veiculou, equivocadamente, um site e outros reproduziram.

Minha fala foi a de que os prefeitos desta gestão enfrentaram muitas dificuldades já no primeiro ano do mandato em razão da crise econômica internacional de 2009, com perda expressiva de receitas. Em 2010 continuaram com graves problemas de receitas porque, sendo ano eleitoral, ficaram boa parte do ano sem receber recursos dos governos federal e estadual; só em 2011 houve uma reação, ainda assim parcial já que muitos estão com convênios e obras em atraso, o que obviamente vai refletir no processo eleitoral.

Tanto que reforcei lembrando um evento recente na UPB em que prefeitos de todos os partidos fizeram a mesma queixa. E ainda frisei que este não é um problema só da Bahia. Como vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) tenho ouvindo isso de prefeitos de vários estados.

Aos prefeitos do PT fiz um apelo à unidade e organização. os prefeitos petistas precisa, sim, melhorar na organização para enfrentar a oposição e consolidar o espaço do PT no Estado.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

IFET em Lauro. Isso merece ser comemorado


A presidenta Dilma e o ministro Fernando Hadad anunciaram hoje nove Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFET)para a Bahia. Um deles vai para Lauro de Freitas.
Fiquei muito emocionada e quero agradecer e parabenizar ao governador Jaques Wagner e ao deputado federal Rui Costa, pois entre 5.562 municípios do país, nove da Bahia foram contemplados com o IFET. Lauro de Freitas ter sido um desses nove, entre 417 municípios da Bahia, é ser premiado com uma instituição desse porte e de tamanha importância para nossos jovens, tanto do ponto de vista educacional como da geração de emprego e inclusão social.
Minha emoção foi maior ainda porque sei o que significa a formação técnica, ainda mais em nível superior, para abrir portas no mercado de trabalho. Fui uma das pessoas que se formou na ETFba na década de 70 e o quanto consegui ajudar minha família com o emprego que consegui na indústria, que naquela época disputava com outras empresas os formandos da Escola Técnica.
Foi especial para mim porque ali comecei minha militância sindical e política. Mas ainda que eu não tivesse sido três vezes deputada e duas vezes prefeita, o legado do aprendizado nos três anos e meio naquela escola me serviu para a vida toda. Lá se aprende fazendo, a teoria e a prática caminham juntas.
O lançamento foi pela manhã, no Palácio do Planalto. À tarde participei da reunião, junto com prefeitos contemplados, para discutir como viabilizar e acelerar o processo de implantação das unidades. Os jovens de Lauro de Freitas têm pressa.



quinta-feira, 30 de junho de 2011

GOVERNADOR JAQUES WAGNER CIDADÃO BAIANO


Terminou há pouco a sessão especial de concessão do Título de Cidadão Baiano ao nosso querido governador Jaques Wagner. Muita emoção. Wagner é baiano de coração desde que aqui chegou, e agora o é ainda mais. Fui autora do Projeto de Resolução, em 2004, quando ele era ministro e nem se cogitava na candidatura a governador. Abaixo o meu discurso de saudação, que li emocionada e feliz:

Sr Presidente, Senhores Deputados, Senhoras Deputadas, Autoridades Presentes à Mesa, Autoridades Presentes no Plenário. Nossa amiga e companheira Fátima Mendonça, Fatinha, primeira Dama e Presidenta das Voluntárias Sociais, a família do Governador, e uma saudação especial ao nosso homenageado, companheiro Governador Jaques Wagner.
Senhores e Senhoras, fiquei me perguntando como faria um discurso para concessão de um título de tamanha importância para esta Casa Legislativa quando o homenageado é o gestor maior do nosso Estado. Olha só o nível de responsabilidade.
Pensei em primeiro falar da sua Biografia, mas essa já está escrita em vários espaços e consolidada na história. Então pensei em começar suas por obras e ações que demonstram o cuidado com a Bahia e os Baianos ao longo de toda a sua trajetória. Mas, são tantas as realizações que não daria tempo de discorrer sobre tudo; destacaremos apenas algumas delas. Por fim farei um resumo que mostra a razão pela qual Jaques Wagner é duplamente Baiano: escolheu a Bahia para viver e os Baianos o escolheram já por duas vezes para governá-la.
Começo fazendo um agradecimento a um casal, Cypa Perla Wagner e Joseph Wagner. Ela polonesa, judia, fugitiva e ele mascate polonês, judeu, comunista, também fugitivo do regime nazista, que, encontrando-se no Rio de Janeiro ao final dos anos 30, dão origem à família de três filhos, dentre eles Jaques Wagner, que nasceu em 16 de março de 1951.
Dona Paulina e Sr. Joseph não sabiam, mas estavam formando um grande homem, cujos princípios foram, eles próprios, fonte de inspiração. Obrigada, Dona Paulina e Sr Joseph, por terem plantado no Brasil sementes que ofereceram um bom fruto para a Bahia.
Jaques estudou no Colégio Militar no Rio de Janeiro. Depois iniciou sua militância política em 1969, no curso de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica ( PUC-RJ), onde presidiu o Diretório Acadêmico. Em 1973, perseguido pelo regime militar, foi obrigado a deixar o curso e sair do Rio de Janeiro. Passou por Minas Gerais e São Paulo e chegou à Bahia em 1974.
Em 1976 consegue seu primeiro emprego na indústria petroquímica, como caldeireiro, em Candeias. Depois, como técnico de manutenção, ingressa na Nitrocarbono, empresa do Pólo Petroquímico de Camaçari.
De operário do Pólo a operário da Cidadania.
Não demorou muito para Wagner entrar na luta em defesa dos trabalhadores, dentro e fora da fábrica. Transformou-se em grande liderança sindical e, entrando para a diretoria do sindquímica, deixa sua marca implantando mecanismos democráticos de gestão, com a extinção do cargo de presidente e a instituição de diretoria colegiada, uma das primeiras experiências de transformação da estrutura do sindicalismo brasileiro. Sua atuação no sindicato serviu de exemplo para diversas lideranças, hoje expressões políticas presentes na vida pública e privada.
Sua tarefa era ainda maior. Além de cuidar dos trabalhadores petroquímicos, participou de forma decisiva da construção da CUT- Central Única dos Trabalhadores, para organizar os trabalhadores de várias categorias.
Durante um congresso de petroleiros, em Salvador, nos anos 80, conheceu Luis Inácio Lula da Silva. Junto com Lula, intelectuais e lideranças sindicais, participou da criação do Partido dos Trabalhadores, do qual foi o primeiro presidente na Bahia, contribuindo de forma decisiva para a organização política dos trabalhadores neste estado.
Continuando sua luta em favor do povo baiano, Jaques Wagner é eleito Deputado Federal pela Bahia em 1990. Ao lado de Alcides Modesto, conquistou os primeiros mandatos do PT Baiano na Câmara dos Deputados.
Reeleito em 1994 e 1998, na Câmara teve atuação destacada como Vice- Lider do PT entre 1993 e 1997, sendo eleito líder da bancada do PT em 1995 e terceiro secretario da Câmara nos anos de 1999 e 2000. No exercício das atividades parlamentares, Wagner integrou várias comissões da Câmara representando o Estado brasileiro em missões Internacionais.
Em 2000, mesmo exercendo o cargo de Deputado Federal, atendeu ao apelo dos militantes do PT de Camaçari, emprestando seu nome para concorrer ao cargo de prefeito, abalando a estrutura de poder daquele município, obtendo uma votação tão expressiva que rearticulou as forças oposicionistas no município, sendo de fundamental importância para garantir a vitória do prefeito eleito em 2004.
Em 2002, foi a vez da militância do Estado convocá-lo para ser candidato a Governador, e com mais de 2 milhões de votos contribuir para uma grande alavancada na eleição do Presidente Lula. Wagner ajudou a eleger o 1º Operário Presidente da República.
Com a sua destacada articulação na luta travada em defesa dos trabalhadores e do povo baiano e brasileiro, o presidente Lula nomeia o amigo galego Ministro do Trabalho, cargo que comandou de 1° de janeiro de 2003 a janeiro de 2004. À frente do Ministério ocupou a presidência do Conselho Nacional de Imigração, do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (CODEFAT) e do Conselho Curador do FGTS.
Foi membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA, entre outros órgãos ligados a Presidência da República.
Wagner abriu caminho para a criação de quatro milhões de empregos com carteira assinada entre 2003 e 2006.
O combate ao trabalho escravo levou o Brasil a ser destacado na OIT- Organização Internacional do Trabalho como exemplo a ser seguido.
Como Ministro da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da Republica promoveu o diálogo entre o governo, agentes econômicos, sociais e populares e coordenou a elaboração da Agenda Nacional de Desenvolvimento.
Em 2005, convocado pelo Presidente Lula, assumiu o Ministério das Relações Institucionais e ganhou projeção Nacional como articulador político, interlocutor do governo junto a sociedade, contribuindo para solucionar a crise política, recompor a base parlamentar do governo e consolidar as alianças que reelegeram Lula em 2006.
Eleito Governador da Bahia em 2006, surpreendeu a todos com a vitória no primeiro turno.
Começam aí as mudanças da cara da Bahia, uma Bahia livre, democrática de todos e todas. A Bahia de todos nós.
Wagner introduziu a prática democrática de gestão, a exemplo da abertura das contas governamentais para o cidadão no portal Transparência Bahia. Coisa que os deputados baianos lutaram tanto - para ter ao menos a senha - nos governos anteriores.
Implantou eleições diretas para diretores e vices nas escolas da rede pública estadual, além da desconcentração de oportunidades de desenvolvimento.
Em sintonia com o presidente Lula, definiu a área social como prioridade absoluta e reforçou os programas federais de transferência de renda e democratização de bens essenciais como energia elétrica. Seu primeiro governo registrou avanços expressivos na redução das desigualdades sociais históricas da Bahia. Vale destacar:
TOPA- Alfabetização de 751 mil pessoas, e outras 185 mil já em salas de aula, adultos, idosos e maiores de 15 anos. Construção de 113 unidades escolares e reforma de 302 outras unidades. 97% das crianças de 06 a 14 anos estão na escola e a Bahia está perto de universalizar o ensino fundamental.
ÁGUA PARA TODOS- Atendeu a 2,8 milhões de baianos com água encanada de qualidade e saneamento básico.
GERAÇÃO DE EMPREGOS – Gerou mais de 280 mil empregos formais, colocando a Bahia em primeiro lugar na geração de postos de trabalho formal no Nordeste.
Os processos de qualificação beneficiaram 57.920 jovens e trabalhadores.
O programa de microcrédito do Estado (CredBahia) atingiu, no final de 2010, 108 milhões de empréstimo dos quais R$80,4 milhões neste governo, com 70.267 contratos assinados.
SAÚDE – Em quatros anos foram entregues 5 novos hospitais, em Santo Antonio de Jesus, Juazeiro, Salvador, Feira de Santana e Irecê. Foram criados mais de 1.200 novos leitos, os leitos de UTI passaram de 427 para 789.
Mais de 7 mil pacientes hipertensivos e diabéticos de 38 municípios baianos já recebem, de graça e via sedex, medicamentos em casa. Os recursos do Programa Medicamento em Casa passaram de 205,2 milhões para R$ 484 milhões, mais que o dobro.
Reformou diversos hospitais dentre eles o Hospital Menandro de Faria, em Lauro de Freitas, reestruturando-o completamente e inaugurando o Registro de Nascimento na maternidade em parceria com o Tribunal de Justiça.
Na área de Segurança os recursos passaram de R$ 1,6 bilhões para R$ 2,2 bilhões em 2010. A PM incorporou 7.345 homens e mulheres. São 5.899 soldados e 372 oficiais nas ruas, somando-se aos 32 mil policiais já atuantes.
Na polícia civil, outros 587 policiais, entre delegados, investigadores e escrivães foram nomeados. O departamento de polícia técnica ganhou reforço de 555 peritos.
Essa política se consolida com o Pacto pela Vida – Programa lançado no segundo governo, de alto alcance envolvendo toda a sociedade.
Numa política de Desenvolvimento Social com inclusão entregou mais de 31,8 mil unidades habitacionais, reduzindo o déficit de moradia na Bahia. Urbanizou área de baixa renda, com regularização fundiária e mediação de conflito.
Os investimentos já realizados e previstos para os próximos anos somam R$ 2,75 bilhões em habitação. Incluindo o PAC e o Minha Casa Minha Vida, serão construída mais 77,6 mil unidades, 53,8 mil delas em obras e 23,8 mil com recursos garantidos.
A Bahia é recordista nacional do Minha Casa Minha Vida. Mas de 45 mil casas construídas em 41 municípios com população acima de 50 mil habitantes para a população de até 3 salários mínimos.
Entre 2007 e 2010 o programa Luz para Todos em parceria com o governo federal, praticamente dobrou o número de ligações, permitindo o acesso a luz elétrica para um milhão e meio de pessoas em 413 municípios baianos. Foi feita a eletrificação de mais 7,2 mil domicílios de famílias de baixa renda em áreas urbanas e rurais e estão programadas mais 6 mil rurais e 3 mil urbanos não contemplados ainda pelo programa.
No Combate a Pobreza foi o estado que mais avançou na adoção de políticas sociais com mais de 1,6 milhões de famílias atendidas
Se Saúde, Educação e Segurança foram desafios enfrentados com a garra de quem estava acostumado às tricheiras de luta, não foi menor o desafio de recuperar e ampliar a infraestrutura logística do Estado. A malha viária foi o alvo principal. Foram quase 3 mil Km recuperados e outros 2.500 em execução. Um investimento que só no último ano superou os R$ 600 milhões. Nunca se investiu tanto em infraestrutura na Bahia, como nos últimos quatro anos. Todas as regiões do estado foram beneficiadas, quem anda pelas estradas pode ver a diferença, e tem mais em projeto.
Mas não é só. Em Salvador, obras de grande impacto como o complexo de viadutos Dois de Julho, os Viadutos da Rótula do Abacaxi, maior obra viária dos últimos 30 anos - parte de uma obra ainda maior, a Via Expressa - que vai dar uma nova feição à trafegabilidade na capital baiana, tanto tempo relegada ao esquecimento em gestões anteriores.
E o que dizer da ferrovia Oeste-Leste? Um investimento de mais de R$6bilhões, com recursos do PAC, que vai impulsionar toda a economia baianas, sobretudo os 32 municípios que serão cortados por esta iniciativa. 1,5 mil Km transportando produtos e esperanças dos baianos, concretizando sonhos e um novo padrão de vida para milhares de pessoas, a partir do Porto Sul, em Ilhéus, até Barreiras e daí ao Tocantins.
É tão bom ver Dona Enedina, aluna do topa com 100 anos, orgulhosa de ser alfabetizada. Dona Isabel, tolinha com a água linda que bebe, mesmo sem sentir sede. Dona Iaiá encantada com aquela medicina toda. Sr José e Dona Luciene felizes com a Casa própria. Sr. Carlos Nascimento todo alegre com o armariozinho do novo emprego. Sr Edson Souza, de Santo Estevão, do Luz para Todos que disse: “ Se eu tivesse foguete tinha sortado na hora”, além de tantos outros anônimos que serão eternamente agradecidos a esse novo baiano.
Com tantas realizações, o povo que já o havia adotado como seu líder, reafirma o compromisso com o projeto que implantou na Bahia com apoio de aliados históricos e de outros que se somaram, a exemplo do Vice Oto Alencar, e o reelege, mais uma vez, no primeiro turno, Governador da Bahia em 2010, com 63,84% dos votos válidos.
Sua vitória expressiva na Bahia repercute nacionalmente também para eleger a primeira mulher presidenta da República do Brasil – Dilma Russef.
Wagner, reeleito governador da Bahia, segue fortalecendo a cidadania baiana junto com Dilma, transformando o Brasil num País de Todos e Todas.
Já no segundo mandato cria a Secretaria de Política para as Mulheres mostrando o seu compromisso com a questão de gênero e assegura a continuidade do combate à descriminação racial com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial. Prepara a Bahia para a Copa e as Olimpíadas, acima de tudo para deixar um legado de infraestrutura para os baianos viverem melhor.
Portanto, motivos existem de sobra para torná-lo um cidadão Baiano.
Desde a chegada à Bahia, mais especificamente a Salvador, onde nasceram seus três filhos, Mariana, Mônica e Mateus (fruto de sua relação com Bete), Wagner, que inicialmente morou em Plataforma, deu continuidade a sua vida política dentro dos movimentos sociais, sindicais e na política partidária. Wagner é tão baiano quanto qualquer cidadão que nasceu neste belo Estado.
Foi aqui que ele viu seus filhos crescerem, estudarem e se tornarem cidadãos. Foi nesta terra que fez o enfrentamento em defesa dos trabalhadores. Foi neste estado que, enquanto militante, Parlamentar, Ministro e Governador, conheceu e conhece cada palmo deste estado, conhece o sofrimento dos sertanejos, dos ribeirinhos, dos quilombolas, dos índios, dos sem terra, das mulheres, dos negros e de todos os baianos e baianas que lutam por uma vida mais digna.
Foi nesta terra que encontrou Maria de Fátima Mendonça, com quem se casou e ganhou mais um filho, Dudu.
Se Wagner já demostrava o seu amor pela Bahia, a entrada de Fatinha na sua vida fez esse amor tornar-se explicito no seu semblante. E quem os vê sente a felicidade de serem baianos, viverem na Bahia e para a Bahia.
Wagner e Fatinha têm levado esperança e solidariedade aos quatro cantos dessa Bahia que eles tanto amam.
Sua sensibilidade e atenção a todos e todas e aos amigos é singular. Nunca me equecerei que em plena campanha eleitoral, durante um jogo da Copa do Mundo de 2010, ele largou o jogo para se preocupar com um problema que eu estava passando com meu netinho Bernardo, e sob sua orientação conseguimos esclarecer tudo, que não passou de um susto. Wagner e isso. É humano. É Companheiro, É Amigo.
Amigo de Lula, de Dilma, Meu Amigo. Amigo e Avô de Júlia, que como muitos da sua geração, terão orgulho desse cidadão, Amigo da Bahia e de todos os Baianos.
O Cidadão Jaques Wagner é baiano duas vezes, porque escolheu a Bahia e porque nós baianos o escolhemos.
VIVA O MAIS NOVO CIDADÃO BAIANO, OPERÁRIO DA CIDADANIA

Moema Gramacho

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ainda sobre sucessão

Não discuti sequer a sucessão em Lauro de Freitas quanto mais no município alheio. Nem eu, nem o Reencantar, nem o PT discutiu qualquer candidatura. O Diretório Nacional ainda não autorizou ninguém a começar a discussão e se alguém está falando em meu nome o está fazendo de forma arbitrária e desrespeitosa pois sabem que não costumo mandar recados. O que penso, eu mesma falo.
A coordenação estadual do Reencantar, da qual fazemos parte, se subordina à decisão partidária nacional e estadual. Quando houver tal orientação a coordenação abrirá o debate estimulando as discussões nos municípios de forma ampla e acompanhada pela estadual. A precipitação de alguns não contribui para o processo democrático que sempre pautou a relação entre os membros do Reencantar.
Considero que tanto Bira Coroa quanto Ademar Delgado se constituem em excelentes quadros do PT, mas vamos aguardar a orientação dos diretórios.

LAURO DE FREITAS, Decisão sobre sucessão será democrática como o governo


Estamos ainda em junho de 2011, portanto muito distante do prazo legal para definição de nomes para as Eleições Municipais, principalmente para a base do governo, que tem responsabilidade com a população e deve continuar trabalhando muito, ao invés de fazer campanha. Quem tem que se preocupar com nome é a oposição, que não tem responsabilidade com o governo, não ajuda e ainda tenta atrapalhar. Tá no seu papel, ainda que a sociedade prefira uma oposição que apresente propostas para o município, como a que nós fizemos ao grupo anterior. Até poderiam criticar os nossos seis anos de governo, desde que comparassem com os 16 anos deles. Isso não fazem porque sabem que já perderam quando compararam apenas com os nossos quatro primeiros anos. E olha que colocaram, como eles mesmos diziam, um dos seus melhores quadros, mas que optou por uma campanha desqualificada, na ausência de resultados melhores para comparar.
Nossa base de governo é composta por 15 partidos que vêm se reunindo para discutir o fortalecimento da unidade em torno do projeto que construímos juntos. Até o momento não discutimos quaisquer nomes. Se alguém estiver se colocando como candidato, com certeza, o faz pelo seu desejo próprio, sem o aval do coletivo. É possível até que algum partido tenha discutido internamente nomes para oferecer ao coletivo, o que é legitimo. Mas não cremos que alguém esteja por aí fazendo campanha antecipada. Primeiro porque pode se dar mal com o TRE, depois seria desonesto com os outros, pois estaria se beneficiando do governo contra seus próprios companheiros dos partidos aliados. Ou seja, enquanto todos respeitam a decisão coletiva e continuam trabalhando pelo governo, alguns estariam usando o governo para sua campanha pessoal? Não concordaríamos com isso. No mínimo, seria uma atitude desleal, pois aqueles que não concordam com a decisão coletiva de governo estão livres para sair dele e fazer oposição.
Quanto a boataria de que a prefeita estaria indicando os nomes de Rui Costa, Salvador Brito ou ainda de Eva Chiavon, vale ressaltar que são excelentes quadros, que qualquer município se sentiria honrado em tê-los como gestores, como honrou e continua honrando o Governo do Estado. Mas nem os próprios, nem a prefeita nunca aventaram tal possibilidade. Portanto, para os que gostam de plantar mentiras, ou meras especulações, sem qualquer fundamento, adiantamos que nunca passou por nossas cabeças nenhum dos três nomes. O PT Municipal também nunca discutiu nomes, até porque a orientação do Diretório Nacional do PT é que nenhum Diretório Municipal está autorizado a fazê-lo, por enquanto. Não porque não os tenha, pelo contrário, temos valorosos companheiros no PT municipal com perfil para tal. Assim como em outros partidos da base do governo.
Dito isto, esperamos que aguardem tranquilos, porque quem vai decidir sobre o nome para a sucessão da prefeita Moema Gramacho são os partidos políticos presentes no governo, ouvindo o povo, como foi feito em 2004 e 2008 e, segundo os partidos, o processo será conduzido pela prefeita, que sempre o fez de forma democrática. Até lá, continuaremos trabalhando para responder aos anseios do povo, com a responsabilidade coletiva que temos com o projeto de desenvolvimento e inclusão social que optamos fazer em Lauro de Freitas, expresso nos resultados já obtidos e outros em andamento.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Pacto Pela Vida


Ontem, dia 6, participei do lançamento do Pacto Pela Vida. Momento feliz do governador Jaques Wagner e do secretário de Segurança Pública, ao lado do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.

Wagner mostrou sua concepção do que significa cuidar de pessoas: o combate à criminalidade com transversalidade entre todas as secretarias - social, educação, saúde, esporte, cultura...Parabéns ao governador.

Cabe agora aos gestores municipais assumirem sua responsabilidade no Pacto. Em Lauro vamos chamar as organizações sociais e todas as secretarias para implantar o Pacto no município.

Prefeitas baianas discutem reforma política


Bom dia a todos e todas. Estou de volta. Vou tentar relatar um pouco de tudo o que aconteceu no período em que estive ausente do blog. Começo postando matéria que enviamos hoje para os veículos de comunicação sobre reunião com gestoras reaslizada ontem. Foi um sucesso. Mulheres de todas as cores ideológicas com uma meta- fazer uma boa administração apesar das dificuldades e da discrimianção ainda vigente contra a mulher na política. Segue:

Prefeitas baianas discutem reforma política

Prefeitas de todos os partidos e regiões do Estado se reuniram ontem (6) em Salvador para discutir o protocolo de intenções que será assinado entre a ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, e a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), no próximo dia 15, em Vitória (ES), durante a 59ª Reunião Geral da entidade.

O encontro foi convocado pela vice-presidente da FNP responsável pela Políticas para a Mulher, Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas, e a coordenadora da Bahia, Tânia Portugal, prefeita de São Sebastião do Passé. Na capital capixaba também será lançada a Rede Nacional de Prefeitas.

Na parceria, cabe a FNP desenvolver o plano de trabalho, com a participação de técnicas da SPM, orientar as gestoras e gestores municipais, dar suporte e oferecer cursos visando impulsionar, em todo o país, as políticas públicas que garantam a autonomia social, econômica, financeira e cultural das mulheres e a erradicação da pobreza feminina, destacou Moema.

“Isso exige o fortalecimento institucional dos organismos de políticas para mulheres nos municípios, que serão responsáveis pela implementação do programa”.

A reforma política em tramitação no Congresso Nacional e o financiamento público de campanhas também entraram no foco do encontro das prefeitas baianas. “Precisamos estar atentas, em contato com nossos deputados federais e senadores, para que a reforma que for aprovada contemple, de fato, as mulheres”, disse Moema.

Ela concorda com a “lista fechada” que será levada para votação no Senado desde que com alternância de gênero, “uma mulher, um homem e com financiamento público da campanha”, enfatizou, sob aplausos. No sistema proporcional com lista fechada o eleitor vota no partido, que define previamente a lista dos pré-candidatos por ordem. Os eleitos seguem a ordem determinada pela legenda. Se prevalecesse a cultura machista, com certeza as mulheres não ficariam entre os primeiros".

A discriminação contra a mulher na política foi queixa comum. “Somos menos de 10% dos eleitos nos 417 municípios baianos”, revelou Tânia Portugal. Hoje na Bahia são apenas 42 prefeitas e 66 vices-prefeitas, 11 deputadas estaduais, uma deputada federal e uma senadora. No país, entre os 5.564 municípios, apenas 446 são administrados por uma mulher.

Esse foi o primeiro encontro suprapartidário de prefeitas na Bahia. Muitas delas no segundo mandato jamais haviam se conhecido. Histórias de superação e de dedicação total à função fizeram parte dos depoimentos.

A rede que será lançada na reunião de Vitória, além de aproximá-las cumprirá esse papel. Juntas, elas querem agora organizar seminários para trocar experiências e seguir para audiências com o governador Jaques Wagner e a presidenta Dilma.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Sim, nós podemos muito mais



Isto é para dizer que as mulheres brasileiras têm muito ainda a se orgulhar, a partir do momento em que assumiram o comando central do nosso país através da guerreira, forte, autêntica, firme e competente presidenta DILMA ROUSSEF. Esta grande conquista nos estimula, cada vez mais, a buscar o empoderamento para as mulheres e, hoje, 30 de março de 2011, marcamos mais um ponto nesta trajetória de lutas e conquistas, desta feita, para as mulheres baianas.
Numa solenidade no Palácio Rio Branco, o Governador Jaques Wagner e a Primeira Dama, Maria de Fátima, anunciaram, para uma platéia majoritariamente feminina, a criação da SECRETARIA ESTADUAL DE POLITICAS PARA AS MULHERES DA BAHIA.

Por muitos anos, movimentos de mulheres, feministas, acadêmicas, estudantes, políticas, magistradas, operárias, camponesas, etc. lutaram pela criação de um instrumento no qual pudessem elaborar, planejar e executar políticas públicas que respondessem às velhas e novas demandas, oriundas de todos os movimentos e organizações sociais, em defesa dos direitos das nossas mulheres. A luta pela igualdade de gênero, contra a discriminação, de enfrentamento e combate a violência contra as mulheres, pela inclusão social e participação nos espaços de poder, sempre esteve presente no cotidiano dessas mulheres, durante décadas. Foram às ruas milhares de vezes. Caminharam, gritaram, protestaram, sorriram, choraram e algumas resistiram até não poderem mais. Protagonistas destas cenas reais, não abriram mão da definição do papel da sociedade civil e da instituição.

Apesar das enormes dificuldades alcançamos muitas conquistas. As Delegacias Especiais de Proteção à Mulher (DEAM), as Casas-Abrigo, os Centros de Referência à Mulher Vítima de Violência, a Lei Maria da Penha, dentre outras. Mas, vale salientar que a efetividade do funcionamento destes espaços administrativos ou jurídicos, sempre esbarrou na ausência de uma política bem definida, não esporádica ou pontual, e sim, uma política de Estado. Com a criação da Secretaria, o atual governo, democrático e republicano, assume seu papel de condução deste processo, pagando uma divida imensa que se tem para com as mulheres baianas. A possibilidade de implementação de políticas públicas historicamente almejadas por mulheres de todos os segmentos sociais e partidos políticos, de forma – esperamos - articulada e transversal, renova as esperanças de transformação de uma sociedade machista em uma sociedade mais igual e mais respeitada, onde as nossas mães, meninas, jovens, idosas, negras, mulheres, enfim, respirem liberdade, oportunidades, direitos, auto-estima e melhor qualidade de vida.

Temos certeza que uma vez criada a Secretaria, o Governador, com a mesma sensibilidade, garantirá o seu pleno funcionamento, cabendo a nós, mulheres, a sabedoria de dirigi-la à altura daquelas que mais precisam e das que batalharam para ver este sonho realizado. Nossa ousadia, maturidade e visão suprapartidária, combinadas com a competência política, administrativa e participação social serão fundamentais para o sucesso.

O momento é, pois, de parabenizar, primeiro às mulheres, pela nossa história e lutas; depois ao Secretário de Relações Institucionais, Cesar Lisboa, pelo seu empenho junto ao Governador; à Primeira Dama, Fátima Mendonça, pelo estímulo; e ao Governador Jaques Wagner pela decisão que deixa sua marca na História da Bahia e do Brasil como aquele que não teve medo de contribuir para o empoderamento das mulheres.
Sim, porque depois de tudo isto, NÓS PODEMOS MUITO MAIS!!!!!!!

Moema Gramacho
Prefeita de Lauro de Freitas-BA.

terça-feira, 1 de março de 2011

Sim, nós podemos!

O que mais surpreende aos adversários da presidenta Dilma é o seu perfil de executiva competente e ao mesmo tempo de grande sensibilidade para as questões sociais. É a mais autêntica tradução da frase de Che Guevara "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás". Aos que já experimentaram o seu lado executiva, impressiona a capacidade de apreensão dos aspectos técnicos, logo enriquecidos pelo viés social, um recado mais que evidente do seu jeito de governar e das prioridades que elegeu para o país.
Tenho enorme orgulho da presidenta Dilma, símbolo de luta e de superação; de ter contribuído para sua eleição. Orgulho de ter uma mulher na presidência com o seu perfil. Isso, obviamente, é um marco na luta das mulheres, não apenas no Brasil. Recentemente tive a exata dimensão da repercussão de sua eleição quando participei do Fórum Social Mundial, em Dakar-Senegal. Falava da luta das mulheres na América Latina e ao citar a vitória de Dilma, o auditório irrompeu em aplausos. Estavam ali lideranças de mais de cem países. Ainda me emociono ao lembrar a reação do público – africanas, asiáticas, européias, americanas e, claro, brasileiras; intelectuais e mulheres do povo, que conhecem bem o sofrimento causado pelo preconceito de gênero, pelas carências de toda ordem. Após a palestra, fui procurada por muitas que queriam detalhes da atuação da presidenta. Pude sentir o quanto de esperança sua vitória levou às mulheres do mundo.
Dilma tem essa clareza, assim como Lula quando a indicou para sucedê-lo – obrigada, Lula! Ela tem o perfil necessário para dar sequência aos programas sociais, ampliar as políticas públicas de atendimento ao povo e fazê-las chegar aonde nossos olhos sequer podem ver. Sua agenda na Bahia tem essa dimensão. O lado da expansão das fronteiras tecnológicas, com a inauguração do terminal da Gasene, que vai fazer a integração Nordeste/Sudeste; e o social - assinar o reajuste do Bolsa Família, programa que atende 12,8 milhões de famílias, algo em torno de 50 milhões de brasileiros. Dilma sempre expressou preocupação com essa camada da população e lutou por ela desde os tempos de ministra. Aliás, bem antes, quando enfrentava a ditadura. Importante frisar que a presidenta não traz apenas o reajuste do repasse; ela prioriza também novas portas de saída, ferramentas de autonomia financeira, como cursos profissionalizantes e crédito para favorecer o empreendedorismo, que fazem do Bolsa Família a alavanca de resgate de milhares de pessoas que ganham de volta a capacidade de sonhar com um futuro melhor.
É o desenvolvimento com equilíbrio, como ela, com a sensibilidade que lhe é peculiar, pontua nas 13 diretrizes de governo e que vem sendo colocadas em prática a cada momento do governo. Como gestora de Lauro de Freitas, sou grata a Lula pelos programas sociais que ele implantou e que ajudam a transformar a realidade de milhares de famílias em nossa cidade. Com Lula foi construído o Restaurante Popular para 3 mil pessoas/dia, a ampliação do Bolsa Família para 17 mil famílias, que injetam na economia do município quase 3 milhões ao mês, os centros de atendimento social e de atendimento especializado a pessoas em sofrimento mental, álcool e drogas, as campanhas de combate à dengue, as 2 mil casas populares em execução e as mais de 4 mil unidades do Minha Casa Minha Vida, os PACs Urbanização e Saneamento, sem falar no PAC 2 que se propõe a muito mais.
Com Dilma vem a ampliação dos programas e o toque feminino, sobretudo nas políticas de atendimento à mulher, ao idoso e à criança sempre. Essa é a reflexão que compete a nós, mulheres, fazermos não apenas, mas especialmente, no 8 de Março, principalmente no tocante à prevenção e assistência ao câncer de mama e de colo, na atenção à gestante, no combate às desigualdades e à pobreza, na luta contra a violência às mulheres e à garantia de oportunidades para todas e todos. Com Dilma, vamos transformar os próximos dez anos na década da mulher e mostrar o jeito feminino de fazer política e ocupar os espaços de poder. Sim, nós podemos!

Artigo publicado no A Tarde em 01/03/2011

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Dilma e nós, mulheres do planeta

Moema Gramacho

Memória imersa numa pequena cela onde uma jovem de 20 anos cumpria pena, um velho companheiro viaja no tempo com lágrimas nos olhos. “Naquela época, pensar que algum de nós seria presidente do Brasil não era uma utopia, era delírio”. Olhos na TV ele repete a frase como se quisesse convencer-se do que ouvia. Para muitos de nós, a ficha também demorou pra cair. Afinal, tínhamos levado ao cargo máximo da Nação não exclusivamente um militante dos movimentos contra a ditadura militar, um ex-preso político, uma pessoa que participou da luta clandestina pela liberdade de um povo. Esse militante era - alem de tudo isso - mulher. A primeira mulher presidenta da República do Brasil.
Vivemos hoje o que era uma possibilidade remotíssima até bem pouco tempo atrás. Falo de um tempo recente, ontem, talvez; daí a importância - ainda não muito bem dimensionada - da eleição de Dilma Roussef para nós, mulheres brasileiras. Ou melhor, para nós mulheres do planeta, considerando que o Brasil, uma das maiores economias do mundo é, antes de tudo, uma influência forte em questões sociais, de combate à fome, de respeito aos direitos humanos, de busca da paz mundial. A história nos ensina que civilizações chefiadas por mulheres na antiguidade valorizavam a paz, a beleza, os valores familiares e humanos, o bem estar coletivo, as invenções e descobertas que trouxessem contribuições para suas comunidades, a igualdade entre os povos. Está no nosso DNA, na herança ancestral de nossas avós.
Pulso forte Dilma tem. Sem perder a ternura, contudo. Acredito que para a maioria dos brasileiros o momento da descoberta dessa grande mulher se deu em 2008, durante seu depoimento à CPI dos Cartões. Provocada pelo senador Agripino Maia (DEM) que a acusava de ter mentido na adolescência, quando esteve detida pelo regime militar, Dilma emocionou o país com sua resposta. “...Eu tinha apenas 19 anos, senador. Fiquei três anos na cadeia e fui barbaramente torturada”, retruca com voz embargada. “Qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para seus torturadores compromete a vida de seus iguais, entrega pessoas para serem torturadas e mortas. Eu me orgulho de ter mentido na tortura”. Silêncio na platéia por longos minutos. Lágrimas incontidas. Aplausos. Aqueles momentos repercutiram em milhões de lares de brasileiros que, agora, na eleição, traziam lá no fundo do peito a resposta para o tucanato que tentava lhe impor a pecha de “terrorista”.
Pouco depois comprovei outra face de Dilma. A da mulher competente, justa, estrategista e articuladora. Foi durante reunião de governadores e prefeitos sobre o PAC Saneamento. Levei o projeto debaixo do braço, torcendo para dar a Lauro de Freitas o esgotamento sanitário que a cidade tanto clamava. Com a serenidade de quem conhece a fundo os assuntos e o país, Dilma me perguntou. “Vai jogar o esgoto pra onde, Moema”. Não havia. Ela conhecia cada reivindicação, de cada estado ou município ali presente. Nada lhe escapava. Também não estava ali para me agradar e sim para resolver um problema social. Conciliadora diante da minha frustração, Dilma assumiu o compromisso de liberar os recursos necessários após a conclusão do emissário submarino de Jaguaribe. E assim foi feito. A obra já começou e dentro de dois anos teremos 100% de esgotamento sanitário em nossa cidade.
Depois desse episódio estive com Dilma inúmeras vezes. Em cada um desses encontros, um novo exemplo de gestão pública, ética, compromisso com o projeto social do presidente Lula, com princípios e valores humanos. A mãe do PAC, do Minha Casa Minha Vida, ela e Lula investiram em infraestrutura “como nunca antes na história desse país”. Obras estruturantes, obras imensuráveis: não tem preço que pague a felicidade da realização do sonho da casa própria para quem mais precisa. O operário, chamado de semi-analfabeto, que mais investiu em Educação, nos deu mais uma lição: “Que ninguém mais ouse duvidar da capacidade da mulher”.
E, de fato, Dilma tem sido um símbolo de superação. Superou a tortura, superou um câncer. Superou com Lula a crise internacional com altivez. Superou o preconceito e todas as calúnias durante o processo eleitoral, inclusive dizendo preferir “o barulho da imprensa livre ao silêncio da ditadura” e tem um grande desafio – superar Lula, principalmente porque, como mulher, será mais c obrada ainda.
É certo que muita coisa vai mudar no universo feminino depois de Dilma presidente, não tenho dúvida. De imediato, o estímulo a que mais mulheres ocupem seus espaços nas esferas de poder. Seja no lar, na vida profissional ou na política. As cotas para mulheres nos partidos seguramente serão preenchidas com mais facilidade e a luta estará mais igual, não por força das circunstâncias, mas porque a mulher usará seu direito a voz e vai fazer a sua hora.
Nós, metade da população brasileira, mãe da outra metade e os homens que acreditam nas mulheres, elegemos Dilma para presidenta do Brasil. Demos, assim, o primeiro passo para transformar os próximos dez anos na década da mulher no poder. Pra começar. Nós podemos. Valeu, Dilma Roussef. Ninguém para essa mulher. Com a força de Deus e do povo.

Artigo publicado na Tribuna da Bahia em 09/11/2010

Muito obrigada, meu amigo Lula

Moema Gramacho

No dia 1° de janeiro de 2011, ao mesmo tempo em que iniciamos um marco histórico com a posse da primeira mulher presidenta da República, comemoramos como maior legado da Era Lula, a imensa inclusão social, democracia e desenvolvimento para o país.
Lula é o Presidente do Povo e, também, o presidente mais municipalista da história deste país. Tratou com igualdade todos os municípios e regiões, independente da cor partidária. Os índices recordes de aprovação do seu governo – que no final do mandato superam a casa dos 85% - mostram que Lula foi um grande estadista, voltado para o bem da economia nacional, aliada ao combate sistemático da pobreza secular, tecendo um tempo de inclusão social jamais visto.
Lauro de Freitas hoje é destaque em desenvolvimento municipal, e isso se deve muito a uma parceria entre governo do Estado e ampla implementação de programas e ações sociais do Governo Federal, ao modelo de gestão participativa inaugurado pelo grande companheiro. Seu exemplo nos inspira e motiva. Hoje, servimos 3 mil refeições diárias a R$1 no Restaurante Popular, programa que faz parte da política pública de segurança alimentar e nutricional, juntamente com Banco de Alimentos, Cozinha Comunitária, Compra Direta Local, todos vinculados ao do Ministério do Desenvolvimento Social.
Recentemente entregamos 120 casas para famílias atingidas por enchentes, numa parceria com o Ministério das Cidades, e outras 193 serão entregues no início do próximo ano. Já estão em construção 2.570 unidades do Minha Casa Minha Vida e agora estamos contratando mais 2 mil unidades, realizando o sonho da casa própria para essas de famílias. As obras do PAC já beneficiam milhares de pessoas e Lauro de Freitas, só agora sairá de 9% para 100% de esgotamento sanitário. Somos referência no Programa Brasil Sorridente, do Ministério da Saúde, ao saltar do 438° lugar para o primeiro lugar entre os municípios baianos, com 27 consultórios odontológicos, um pronto socorro 24h e um Centro de Especialidades Odontológicos(CEO).
Lauro de Freitas é apontado pelo MDS como modelo de gestão nas políticas sociais. Em 2005 eram apenas 400 bolsas família; chegamos a 17 mil, colocando em circulação na economia local mais de 2,5 milhões de reais por mês. Paralelamente, investimos na emancipação econômica dos beneficiários com oferta de capacitação em inúmeras áreas.
Samu, CRAs, CAPS mental e CAPS prevenção às drogas, primeira Agência do INSS, agência dos Correios em Itinga, PRONASCI, PELC, Mulheres da Paz, Programas Segundo Tempo e Escola Aberta, Centro de Referência e prevenção à violência contra mulher, dentre outros. Tudo isso só pode ser feito pela sensibilidade de um presidente que compreende as necessidades do povo. Foi preciso ele, que chamavam de analfabeto, para ampliar a oferta de vagas nas universidades e No ensino fundamental para os filhos do povo, além de investimento nas escolas técnicas federais, sucateadas na gestão FHC.
Tenho orgulho de dizer que a nossa gestão em Lauro de Freitas recebeu por duas vezes o presidente Lula para inaugurar ou anunciar obras em bairros carentes – Itinga e Portão. Isso é inédito na história recente do país. Tenho orgulho ainda maior de registrar que nesse período, com Lula na presidência, Lauro de Freitas foi o município que mais gerou emprego no Estado e o quarto no país, reflexo da prioridade dada às micro e pequenas empresas e empreendedores individuais.
O Brasil, que se acostumou com seu jeito irreverente e franco, seguramente sentirá muita saudade do homem que fez história nesse país. É como ele próprio disse, “saudade a gente tem do que gostou”. Mais ainda quem como nós, que com ele convivemos desde os tempos de porta de fábrica, da construção da CUT e do PT, das lutas na rua por direitos e democracia; e lá se vão 30 anos. Vamos sentir saudade, sim. Mas também tirar dela a força para continuar aperfeiçoando seu estilo de gerir o bem público para o povo.
Agradeço a Deus por ter colocado você em nosso caminho. “Que ninguém jamais ouse duvidar da capacidade de luta da classe trabalhadora” (Lula).
Muito obrigada meu amigo, companheiro, presidente Lula.